quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Balanço 2016


Estamos a terminar o ano e é altura de fazer balanços. A vida, como sempre, deu muitas voltas. Mas entre voltas e reviravoltas a coisa até correu bem.

Empreendemos uma nova jornada rumo ao que nos faz feliz. Que é a simplicidade, a natureza, o ar puro!

Decidimos dar um passo de casa vez para uma vida serena com base nos princípios da permacultura.

Mas "depressa e bem não há quem" por isso tem sido um processo calmo, para que tudo nos pareça normal e natural.

Começámos por eliminar todos os detergentes químicos. E hoje, desde a casa de banho à cozinha, todos os nossos produtos de limpeza e banho são ecológicos e biológicos.

Uns compramos, outros fazemos. 
E neste momento já faço a máscara para o cabelo e o meu desodorizante (que adoro, super suave e eficaz).

Mais produtos biológicos na nossa alimentação, mas ainda não são os que plantamos e semeamos, esperamos  em 2017 ir diretamente à terra buscar o nosso alimento.

Em 2017 continuaremos a fazer os nossos swales, um furo, a vedação, plantar árvores, etc, etc. Temos muito que fazer, mas temos 365 dias para tudo.

Se 2016 foi perfeito? Não, não foi. Porque quem lê blogs não vê corações. Porque as rosas têm espinhos. E a nossa vida não é cor-de-rosa é  de todas as cores.

Mas sobrevivemos. Somos lutadores e otimistas. Quando caímos levantamo-nos. E cá estamos prontos para mais um ano.

Se fosse tudo rosa em 2017 passaríamos de 3 a 5 num instante. Mas, existe sempre um mas. No dia 21 de julho realizámos um sonho durante um minuto e o mundo desabou logo a seguir. Eu estava grávida, e eram 2, gémeos ou gémeas ( nunca saberei) verdadeiros. Tão lindos na ecografia, um de cada lado, tão perfeitinhos. Mas aí  o mundo desabou,  "não há batimento cardíaco". 

Passei o dia 5 e 6 de Agosto a agonizar numa cama de hospital, porque apesar de não terem vida o meu corpo não queria se separar deles. Terminando tudo com uma aspiração sob anestesia geral.

Poucas pessoas sabem como, realmente, foi o nosso verão. Porque não apetece falar destas coisas. Tinham 8 semanas e 2 dias. 

Muitos vão dizer "logo engravidas outra vez". 
Infelizmente não é assim tão simples. As minhas duas gravidezes foram milagres, milagres no sentido que não era suposto acontecer. Mas não vou entrar em detalhes clínicos.

Mas cá estamos os 3, de pé! Somos felizes! Mas claro que seria ainda mais divertido, uma casa cheia de crianças.

Para  2017 desejamos a todos muitos produtos biológicos. Quem sabe uma hortinha.
Que tenham saúde e, Sejam Felizes!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Solstício de Inverno


Hoje começa o Inverno. É  o dia com menos horas de sol do ano. A partir de amanhã os dias começam a "crescer" e no dia 25 já  nos conseguimos aperceber disso. E é  Natal. 

Este ano decidi  fazer a árvore de Natal neste dia. Foi um  acto de revolta contra o consumismo e ao facto de as pessoas fazerem a árvore casa vez mais cedo. Penso que se tornará  uma tradição cá em casa.
As luzes só serão ligadas às 18h quando o dia tiver dado lugar à  noite(a hora oficial do início do Inverno em Portugal foi às  10h44).

Vou fazer um jantar simples. Uma sopa cremosa de batata doce e abóbora, bem laranjinha, para fazer lembrar o Sol. O nosso Tudo. Sem ele não existiria nada neste pequeno planeta.

Também vamos ter direito a uns docinhos! Mas nada de exageros, porque o Natal está à  porta, e aí a tradição é comer à  grande. Afinal estamos a festejar o nascimento do Sol ou de Jesus (*spoiler* apesar d'Ele não ter nascido neste dia).

Depois de fazermos a árvore fomos respirar o melhor ar do mundo, no nosso cantinho preferido, deste planeta. Deixámos algumas sementes para os pássaros numa das árvores, para elas poderem também celebrar este dia.

Regressados a casa enfeitámos laranjas com cravos da Índia, deixando o nosso lar com um perfume delicioso.

 Que esta estação seja maravilhosa. Que a natureza possa fazer o seu trabalho com o mínimo de intervenção do Homem.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Uma espécie de esparguete à bolonhesa, mas vegan!


Eu não sou vegan. Não como muita carne, como mais peixe. E ao jantar normalmente não como nem carne nem peixe. Mas cá em casa estamos longe de sermos vegan.

Mas de vez em quando saí-me da imaginação umas receitas vegan. Hoje foi um desses dias.

Tinha no frigorífico o miolo da amêndoa de ter feito leite. E já estou farta de fazer panquecas e brownies para aproveitar a amêndoa, então decidi usar no jantar.

Esparguete Aqui no campo (1pessoa):
- esparguete a gosto
- 1 tomate
- 1 dente de alho 
-1 pouco de alho francês 
- 2 cogumelos
- o resto da amêndoa de fazer o leite
- azeite q.b.
- sal, pimenta, orégãos 

Basicamente é  cozer o esparguete (no meu caso é sem glúten porque não me dou muito bem com esse Sr.). Preparar os legumes e colocá-los todos na frigideira com um pouco de azeite. Quando estiverem cozinhados junta-se a amêndoa e cozinha mais um pouco. Por fim envolve-se o esparguete nesta mistura e polvilha-se com um pouco de orégãos.

E ficou bom! A amêndoa dá aquela sensação de carne picada e não se sente o gosto da amêndoa, porque esteve de molho e foi picada e espremida. Basicamente largou todo o sabor.

Hoje só comi eu este esparguete inventado, porque o L. está a sopa por causa do Nacional de Jiu Jitsu e o V. come sempre sopinha (com peixe ou carne ou quinoa) à noite. 

E agora vou ler o meu livro. Boa noite.
(Nós aqui no campo deitamo-nos com as galinhas, shhh o V. já dorme).