quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Papa de aveia com sabor a farinha torrada


Quem vive em Sesimbra sabe o que é  farinha torrada. Para quem não sabe, é  um bolo típico da região.

Com o frio do Inverno,  não me tem apetecido Corn flakes com leite de amêndoa frio de manhã. Ou como torradas com um cacau quente ou então uma papa de aveia.

Hoje foi dia de aveia. Acordei com este sol espetacular e apeteceu-me mesmo uma aveia com gostinho a farinha torrada. Até aquece a alma.

Ingredientes:
-2 colheres de sopa bem cheias de aveia
-cobrir a aveia com água 
-A mesma quantidade de água de leite de amêndoa 
-uma pitada de sal
-uma colher de chá de açúcar amarelo
-casca de limão 
-2 quadrados de chocolate de culinária 

Coloca-se a aveia numa panela, cobre-se de água e leite de amêndoa. Vai a cozer com o sal, a casca do limão e o açúcar. 
Vai-se mexendo, quando começar a ferver deixa-se mais um minuto.

Coloca-se numa tigela e deita-se um pouco de leite de amêndoa frio e o chocolate partido em pedaços. E está pronta a comer! Uma delícia!

domingo, 29 de janeiro de 2017

Introdução da criança à agricultura...e dos pais também


Hoje foi dia de agricultura.
A família como sabe que estamos numa onda de natureza e cultivar o próprio alimento, ofereceram ao V. uma estufa de frutas. 

E hoje de manhã estivemos a explorar o brinquedo. Preparámos a turfa. Espalhámos as sementes. Colocámos a tampa. E agora é  aguardar.

O V. vai acompanhar o crescimento dos seus morangueiros, e os pais também!

Já temos planos para a pequena estufa. Depois dos morangos vamos experimentar com outras sementes e ver o que conseguimos.

É tão bom poder brincar e descobrir com os filhos. 

Temos muita vontade de semear e plantar tanta coisa, mas não temos experiência nenhuma. Será tudo feito com pesquisas na Internet e tentativa e erro.

Mas no final, nós os 3,  sabemos que teremos uma floresta de comida linda!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Petéquias


Petéquias, o pesadelo dos pais, e acho que os médicos também têm medo delas.

Só soube o que eram petéquias depois de o V. nascer. Mas depressa descobri que podiam trazer muita preocupação atrás.

Mas afinal o que são petéquias? 
Simplificando, são umas pintinhas vermelhas na pele que ao serem pressionadas não perdem a cor.

Parecem insignificantes, mas é  um bocadinho 8 ou 80. Ou não é nada, ou pode ser meningite ou leucemia, entre outras coisas.

Já não  sei quantas vezes a criança fez análises por causa das ditas. Até hoje não é  nada. Ou foi esforço a vomitar ou a chorar, coisas de crianças.

Mas hoje foi dia de passar umas horas nas urgências por causa das petéquias.

Tudo começou na quarta à noite. Uma gastroenterite entrou em ação. Na quinta o V. esteve bem, sem apetite, mas tudo normal, bem disposto.

Hoje acorda com um ar muito chocho, e a magnífica frase "mãe, não bem". Eu a fazer mil perguntas, se dói aqui ou acolá. Telefonar para a saúde 24, encaminhado para o centro de saúde. E bam! a médica vê petéquias. 

Não tem febre, mas vou escrever uma cartinha para ir ao hospital.
No hospital, ele não tem febre, mas vamos fazer umas análises.

Concluindo,  os pais tentam não ter medo das petéquias, porque a criança é  o rei das petéquias. Por tudo e por nada as ditas aparecem. Mas quando os médicos parecem também ter medo delas, dá um friozinho no estômago.

As boas notícias, está tudo bem. 
 Mas estas ditas são muito chatinhas. O que vale é que o V. com 5 anos tira sangue melhor que muita gente grande.





quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Balanço 2016


Estamos a terminar o ano e é altura de fazer balanços. A vida, como sempre, deu muitas voltas. Mas entre voltas e reviravoltas a coisa até correu bem.

Empreendemos uma nova jornada rumo ao que nos faz feliz. Que é a simplicidade, a natureza, o ar puro!

Decidimos dar um passo de casa vez para uma vida serena com base nos princípios da permacultura.

Mas "depressa e bem não há quem" por isso tem sido um processo calmo, para que tudo nos pareça normal e natural.

Começámos por eliminar todos os detergentes químicos. E hoje, desde a casa de banho à cozinha, todos os nossos produtos de limpeza e banho são ecológicos e biológicos.

Uns compramos, outros fazemos. 
E neste momento já faço a máscara para o cabelo e o meu desodorizante (que adoro, super suave e eficaz).

Mais produtos biológicos na nossa alimentação, mas ainda não são os que plantamos e semeamos, esperamos  em 2017 ir diretamente à terra buscar o nosso alimento.

Em 2017 continuaremos a fazer os nossos swales, um furo, a vedação, plantar árvores, etc, etc. Temos muito que fazer, mas temos 365 dias para tudo.

Se 2016 foi perfeito? Não, não foi. Porque quem lê blogs não vê corações. Porque as rosas têm espinhos. E a nossa vida não é cor-de-rosa é  de todas as cores.

Mas sobrevivemos. Somos lutadores e otimistas. Quando caímos levantamo-nos. E cá estamos prontos para mais um ano.

Se fosse tudo rosa em 2017 passaríamos de 3 a 5 num instante. Mas, existe sempre um mas. No dia 21 de julho realizámos um sonho durante um minuto e o mundo desabou logo a seguir. Eu estava grávida, e eram 2, gémeos ou gémeas ( nunca saberei) verdadeiros. Tão lindos na ecografia, um de cada lado, tão perfeitinhos. Mas aí  o mundo desabou,  "não há batimento cardíaco". 

Passei o dia 5 e 6 de Agosto a agonizar numa cama de hospital, porque apesar de não terem vida o meu corpo não queria se separar deles. Terminando tudo com uma aspiração sob anestesia geral.

Poucas pessoas sabem como, realmente, foi o nosso verão. Porque não apetece falar destas coisas. Tinham 8 semanas e 2 dias. 

Muitos vão dizer "logo engravidas outra vez". 
Infelizmente não é assim tão simples. As minhas duas gravidezes foram milagres, milagres no sentido que não era suposto acontecer. Mas não vou entrar em detalhes clínicos.

Mas cá estamos os 3, de pé! Somos felizes! Mas claro que seria ainda mais divertido, uma casa cheia de crianças.

Para  2017 desejamos a todos muitos produtos biológicos. Quem sabe uma hortinha.
Que tenham saúde e, Sejam Felizes!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Solstício de Inverno


Hoje começa o Inverno. É  o dia com menos horas de sol do ano. A partir de amanhã os dias começam a "crescer" e no dia 25 já  nos conseguimos aperceber disso. E é  Natal. 

Este ano decidi  fazer a árvore de Natal neste dia. Foi um  acto de revolta contra o consumismo e ao facto de as pessoas fazerem a árvore casa vez mais cedo. Penso que se tornará  uma tradição cá em casa.
As luzes só serão ligadas às 18h quando o dia tiver dado lugar à  noite(a hora oficial do início do Inverno em Portugal foi às  10h44).

Vou fazer um jantar simples. Uma sopa cremosa de batata doce e abóbora, bem laranjinha, para fazer lembrar o Sol. O nosso Tudo. Sem ele não existiria nada neste pequeno planeta.

Também vamos ter direito a uns docinhos! Mas nada de exageros, porque o Natal está à  porta, e aí a tradição é comer à  grande. Afinal estamos a festejar o nascimento do Sol ou de Jesus (*spoiler* apesar d'Ele não ter nascido neste dia).

Depois de fazermos a árvore fomos respirar o melhor ar do mundo, no nosso cantinho preferido, deste planeta. Deixámos algumas sementes para os pássaros numa das árvores, para elas poderem também celebrar este dia.

Regressados a casa enfeitámos laranjas com cravos da Índia, deixando o nosso lar com um perfume delicioso.

 Que esta estação seja maravilhosa. Que a natureza possa fazer o seu trabalho com o mínimo de intervenção do Homem.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Uma espécie de esparguete à bolonhesa, mas vegan!


Eu não sou vegan. Não como muita carne, como mais peixe. E ao jantar normalmente não como nem carne nem peixe. Mas cá em casa estamos longe de sermos vegan.

Mas de vez em quando saí-me da imaginação umas receitas vegan. Hoje foi um desses dias.

Tinha no frigorífico o miolo da amêndoa de ter feito leite. E já estou farta de fazer panquecas e brownies para aproveitar a amêndoa, então decidi usar no jantar.

Esparguete Aqui no campo (1pessoa):
- esparguete a gosto
- 1 tomate
- 1 dente de alho 
-1 pouco de alho francês 
- 2 cogumelos
- o resto da amêndoa de fazer o leite
- azeite q.b.
- sal, pimenta, orégãos 

Basicamente é  cozer o esparguete (no meu caso é sem glúten porque não me dou muito bem com esse Sr.). Preparar os legumes e colocá-los todos na frigideira com um pouco de azeite. Quando estiverem cozinhados junta-se a amêndoa e cozinha mais um pouco. Por fim envolve-se o esparguete nesta mistura e polvilha-se com um pouco de orégãos.

E ficou bom! A amêndoa dá aquela sensação de carne picada e não se sente o gosto da amêndoa, porque esteve de molho e foi picada e espremida. Basicamente largou todo o sabor.

Hoje só comi eu este esparguete inventado, porque o L. está a sopa por causa do Nacional de Jiu Jitsu e o V. come sempre sopinha (com peixe ou carne ou quinoa) à noite. 

E agora vou ler o meu livro. Boa noite.
(Nós aqui no campo deitamo-nos com as galinhas, shhh o V. já dorme).

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Let the swales Begin!

Hoje foi dia de pegar na enxada.
Enquanto o L. tirou folhas e canas do pond eu comecei a fazer o primeiro swale.

Utilizo palavras em inglês para me referir a determinadas coisas, porque não sei os termos mais corretos em português.

Podemos chamar poça ao pond e vala ao swale. Mas como tudo o que tenho lido está em inglês é-me mais prático usar os termos ingleses. Afinal o pai da permacultura era australiano.

Comecei a cavar o swale cheia de vontade. Mas cedo me apercebi que iria levar mais tempo do que pensava a terminá-lo. Mas continuei. E ver a obra a surgir dá sempre forças e energias.

Nisto quando enterro a enxada na terra e solto um torrão de terra surge uma cobrinha. Fiquei toda arrepiada. Não estava à espera de ver uma cobra neste tempo. 

Ela fugiu logo para junto das canas. O L. ainda perguntou se era para matar. Eu disse que não. A verdade é  que até a achei fofinha. (A cobra é  o animal que mais me provoca nojo/medo.)

Deu-me mais dois arrepios e voltei para o trabalho.

Este swale que estou a fazer é para levar água da chuva para o pond.

Entretanto o L. fez um pequeno dique no pond para manter a água, mas caso esteja muito cheio posso sair.

Agora é  só  aguardar pela chuva do fim de semana para ver resultados.